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A origem

Conheça a história da nossa organização!

No século passado

(O texto desta seção foi escrito com base em pesquisas de materiais divulgados por Lions Clubs International)

 

No início do século passado, em 1917, a maioria dos países da Europa estavam envolvidos na 1ª Guerra Mundial. Neste ano, os Estados Unidos ingressaram no conflito e uma série de consequências surgiram em cascata: a mão-de-obra barata e o desenvolvimento da linha de montagem deram origem a um rápido crescimento industrial, o que, por sua vez, trouxe inúmeros problemas sociais como o trabalho infantil, a multiplicação de cortiços lotados, altas taxas de mortalidade e doenças de rápida disseminação.

Nesse contexto, a cidade de Chicago, Illinois (EUA) destacava-se como um proeminente polo de transporte, arquitetura, manufatura e comércio, tornando-se um grande atrativo para imigrantes em busca de oportunidades de emprego e melhores condições de vida. Diversos ativistas da sociedade, incluindo Jane Adams, a fundadora do abrigo Hull House, lutavam por melhores condições sociais em suas comunidades e em todo o país. Entre aqueles que procuravam maneiras de ajudar estava Melvin Jones, um agente de seguros.

Melvin Jones, fundador de Lions Clubs International.  Fonte: Lions Clubs International.

Melvin Jones, fundador de LCI.

Fonte: Lions Clubs International.

Na época, Melvin Jones atuava como secretário de uma associação local de empresários conhecida como "Círculo Empresarial de Chicago" (em inglês, "The Business Circle of Chicago"), estabelecida para auxiliar seus membros a expandirem seus negócios. Durante um almoço, Melvin Jones enfatizou a importância de ir além dos interesses comerciais e trabalhar em prol do bem-estar das comunidades locais e do mundo em geral. Suas palavras chamaram a atenção dos participantes e, como resultado, ele recebeu a autorização para convidar outros grupos semelhantes em todo o país para uma reunião, com o propósito de discutir a criação de um novo tipo de clube.

Em 7 de junho de 1917, uma reunião organizacional foi realizada no Hotel LaSalle em Chicago, Illinois (EUA). Melvin Jones abriu a reunião e compartilhou sua visão para o novo clube. Os participantes demonstraram grande receptividade, incluindo Dr. William Perry Woods, líder de uma delegação registrada em Indiana desde 1916 e chamada de "Lions Clubs". Neste encontro, os participantes aproveitaram a oportunidade para fundir os clubes existentes em uma nova organização. Esta nova organização adotou, como seu nome, "Lions Clubs" (em português, Lions Clube), o mesmo utilizado por um dos grupos convidados. Em agosto deste mesmo ano, Melvin Jones e os membros do "Círculo Empresarial de Chicago" formaram o Lions Clube de Chicago, renomeado posteriormente como Lions Clube de Chicago Central.

Impulsionados por este espírito de expansão, a nova organização criada realizou sua 1ª Convenção Nacional em 8 de outubro de 1917, no Hotel Adolphus em Dallas, Texas (EUA), com a presença de delegados de 22 Lions Clubes de 9 estados diferentes. Na ocasião, os delegados votaram para manter o nome "Lions Clubs" e adotar o logotipo de um leão segurando, em sua boca, uma clava com a palavra "International". Além disso, um estatuto, regulamentos, objetivos e um código de ética foram aprovados, na qual nenhum clube poderia ter o ganho financeiro de seus associados como um de seus objetivos. Para representar a organização, Dr. William Woods foi eleito presidente e Melvin Jones foi nomeado secretário-tesoureiro, recebendo a autorização para estabelecer uma sede em Chicago, Illinois (EUA). Ao final da convenção em Dallas, Texas (EUA), a nova organização tinha 800 membros.

Membros do Lions Clube de Chicago Central, em 1919, na entrada do Art Institute em Chicago, Illinois (EUA).  Fonte: Lions Clubs International.

Membros do Lions Clube de Chicago Central, em 1919, na entrada do Art Institute em Chicago, Illinois (EUA).

Fonte: Lions Clubs International.

Foto da 1ª Convenção Nacional de Lions Clubes, em 1917, no salão do Hotel Adolphus em Dallas, Texas (EUA).  Fonte: Lions Clubs International.

Foto da 1ª Convenção Nacional de Lions Clubes, em 1917, no salão do Hotel Adolphus em Dallas, Texas (EUA).

Fonte: Lions Clubs International.

​Em 1919, a organização havia ampliado para 42 Lions Clubes em todo o país, com mais de 2.300 membros. Apenas 3 anos depois de ser fundado, em 1920, o Lions tornou-se oficialmente internacional com a fundação do Lions Clube de Border Cities em Windsor, Ontário (Canadá). Este foi o 1º Lions Clube fora dos Estados Unidos e, mais tarde, foi renomeado para Lionc Clube de Windsor. Logo em sequência, foi a vez do México, em 1927. E nas décadas de 50 e 60, a expansão internacional intensificou-se com novos clubes na Europa, Ásia e África.

Vídeo sobre as origens de Lions Clubs International e os protagonistas nos seus primeiros anos.

Fonte: Lions Clubs International.

Primeiro logotipo, inspirado na obra da artista francesa Rose Bonheur, possuía um trocadilho visual: um leão ("lions" em inglês) e uma clava ("club" em inglês).  Fonte: Lions Clubs International.

Primeiro logotipo de Lions Clubs International, inspirado na obra da artista francesa Rose Bonheur.

Fonte: Lions Clubs International.

E no Brasil?

Nos primeiros anos da década de 50, Armando Fajardo, brasileiro que ocupava o cargo de Diretor do Jockey Clube no Brasil, teve a oportunidade de conhecer o movimento em dezembro de 1951 através de uma reunião no Lions Clube de Montevidéu, em Montevidéu, capital do Uruguai, à convite de Pedro Berro, presidente do Lions Clube local. Entre os presentes, estava o delegado internacional Nivaldo Navarro, que na ocasião, difundia o movimento de Lions Clubes na América do Sul.

 

Armando Fajardo tinha uma personalidade dinâmica, carismática e seus discursos simples, cativantes e convincentes, impressionaram os dirigentes de Lions Clubs International, que o convidaram honrosamente a ser o precursor do movimento no Brasil. A partir desse momento, ele teve a missão de estabelecer o movimento de Lions Clubes no Brasil. Após 4 meses, em 16 de abril de 1952, foi fundado o 1º Lions Clube do Brasil, o Lions Clube de Rio de Janeiro, com 40 associados, tornando-se o "mater clube" do país.

Armando Fajardo, 1º companheiro Leão do Brasil.

Armando Fajardo, 1º companheiro Leão do Brasil.

Fonte: Revista Lion Brasil Sudeste - Ed. nº 100.

Armando Fajardo posa para o escultor Illie Gilbert.

Armando Fajardo posa para o escultor Illie Gilbert.

Fonte: Revista Lion Brasil Sudeste - Ed. nº 100.

Paralelamente, tanto no Rio de Janeiro/RJ como em São Paulo/SP, diversos cidadãos que conheciam as atividades do Lions Clube, tentavam trazer o movimento para o país, entre eles, Floriano Peixoto Santos, de São Paulo/SP, que teve seu primeiro contato com o Lions Clube durante uma viagem aos Estados Unidos. Após trocar correspondências com o Diretor-Geral de Lions Clubs International, R. Roy Keaton, manifestando o desejo de organizar um clube em São Paulo e já contando com várias adesões de amigos, foi informado que o primeiro Lions Clube no Brasil deveria ser instalado no Rio de Janeiro, por ser a capital do país naquela época. Assim, logo após a fundação do Lions Clube no Rio de Janeiro, foi fundado o 2º clube brasileiro em 23 de julho de 1952, o Lions Clube de São Paulo Centro, em São Paulo/SP, com 56 associados.

Após o surgimento dos primeiros Lions Clubes, o movimento começou a se disseminar por todo o país, e em 1954, em Salvador/BA, ocorreu a 1ª Convenção Nacional de Lions Clubes no Brasil. Muitos anos depois, em 1998, na 45ª Convenção Nacional de Lions Clubes realizada em Belo Horizonte/MG, foi aprovada a divisão do Distrito Múltiplo L em 4 novos distritos - LA, LB, LC e LD - visando uma gestão mais eficiente e possibilitando um maior enfoque e apoio às ações e necessidades regionais. Em 1999, a última Convenção Nacional Unificada ocorreu em Serra Negra/SP, marcando o término de um ciclo de encontros nacionais unificados e abrindo caminho para uma nova fase de convenções regionais e distritais, que permitiriam um maior foco e representação dos desafios e conquistas específicas de cada região do Brasil.

Ao longo dos anos, o Brasil tem sido um exemplo de dedicação e fortalecimento dos Lions Clubes, tanto em âmbito regional como nacional. Internacionalmente, o país também se destacou, com a contribuição de líderes que deixaram sua marca no cenário global. Ao todo, o Brasil teve a honra de contar com dois presidentes internacionais que assumiram o comando de Lions Clubs International. O primeiro desses notáveis líderes foi o companheiro professor João Fernando Sobral (São Paulo/SP - Distrito Múltiplo LC), que assumiu a presidência internacional para o AL 1976/1977 durante a convenção de Honolulu, Havaí (EUA). Posteriormente, o companheiro Augustin Soliva (São José dos Campos/SP - Distrito Múltiplo LC) assumiu a presidência internacional para o AL 1996/1997 durante a convenção em Montreal, Quebec (Canadá) para o AL 1996/1997. Mais recentemente, em 2023, o companheiro Fabrício de Oliveira Neto (Catolé do Rocha/PA - Distrito Múltiplo LA) alcançou uma conquista notável ao ser eleito primeiro vice-presidente internacional na 105ª Convenção de Lions Clubs International, realizada em Boston, Massachusetts (EUA). Essa posição de destaque trouxe de volta a bandeira brasileira hasteada na sede da organização em Oak Brook, Illinois (EUA), reafirmando a representatividade e a importância dos Lions Clubes do Brasil no contexto global.

Professor João Fernando Sobral, Presidente Internacional no AL 76/77.

Professor João Fernando Sobral,

Presidente Internacional no AL 76/77.

Fonte: Lions Clubs International.

Augustin Soliva, Presidente Internacional no AL 96/97.

Augustin Soliva,

Presidente Internacional no AL 96/97.

Fonte: Lions Clubs International.

Fabrício de Oliveira Neto, 1º Vice-Presidente Internacional.

Fabrício de Oliveira Neto,

1º Vice-Presidente Internacional.

Fonte: Lions Clubs International.

Fatos importantes

 #1 - Elias Salomão Helou é o primeiro brasileiro a se filiar à um Lions Clube 

Apesar de Armando Fajardo ter sido o responsável por trazer o movimento e fundar o 1º Lions Clube no Brasil - Lions Clube do Rio da Janeiro - é relevante mencionar que outro brasileiro, Elias Salomão Helou, também desempenhou um papel importante na história dos Lions Clubes no Brasil.

 

Elias foi reconhecido pelo Conselho Nacional de Governadores (CNG) - AL 1992/1993 como o primeiro brasileiro a ingressar em um Lions Clube, o Lions Clube Guarajá-Mirim, no Distrito S-1, na Bolívia, em março de 1952.

 #2 - Brasileiros assumem a Diretoria de Lions Clubs International pela primeira vez 

Durante a década de 50, o país alcançou reconhecimento internacional com a atuação de dois diretores internacionais, representando o Brasil pela primeira vez: Marius Schmith, de Porto Alegre/RS (Distrito Múltiplo LD), que foi Diretor Internacional na gestão 1957/1959; e Gilvan Machado Guimarães, de Recife/PE (Distrito Múltiplo LA), que atuou como Diretor Internacional na gestão 1959/1961.

Elias Salomão Helou, 1º brasileiro à ingressar em um Lions Clube.

Elias Salomão Helou, 1º brasileiro à

ingressar em um Lions Clube.

Fonte: Distrito LC-6.

Presidente Juscelino Kubitschek inaugurando o Lions Clube de Brasília.

Presidente Juscelino Kubitschek

inaugurando o Lions Clube de Brasília.

Fonte: Revista Lion Brasil Sudeste - Ed. nº 100.

 #3 - Presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, filia-se ao Lions Clube 

Outro fato de imensa relevância e impacto na história dos Lions Clubes no Brasil remete ao ano de 1960, um período verdadeiramente marcante para a nação brasileira, pois marcou a inauguração de Brasília, a moderna e deslumbrante capital do país. Em meio a essa atmosfera de mudança e transformação histórica, o então Presidente Juscelino Kubitschek foi agraciado com a distinção única ao receber o título de Leão número 1 da nova capital.

 

Essa honra conferida ao presidente brasileiro foi uma maneira de reconhecimento e agradecimento por ser totalmente identificado com as causas de Lions Clubes e apoiar e incentivar o movimento.

A "Revista dos Lions", edição nº 21, publicada na época por Renato Freitas, membro do Lions Clube do Rio de Janeiro, estampou em sua capa a imagem do Presidente Juscelino Kubitschek no momento em que inaugurava o Lions Clube de Brasília, em uma cerimônia memorável realizada no dia 26 de junho de 1960.

 #4 - Criação do Fórum Leonístico da América Latina e Caribe 

Em 1972, o movimento de Lions Clubes na América Latina e Caribe ganhou um novo impulso com a criação do Fórum Latino Americano de Leonismo (FOLAL), tendo a primeira edição sediada no Rio de Janeiro. Esse fórum proporcionou uma plataforma significativa para fortalecer os Lions Clubes na região e promover a cooperação entre os clubes. Após 4 anos, em 1976, teve seu nome alterado para Fórum Leonístico da América Latina e Caribe (FOLAC).

 #5 - Reuniões da Diretoria de Lions Clubs International acontecem no Brasil 

Em 1977, Lions Clubs International teve a honra de realizar duas reuniões de Diretoria Internacional no Brasil, especificamente no Rio de Janeiro e em Brasília. Esses eventos especiais marcaram a celebração dos 25 anos de história dos Lions Clubes no país, refletindo o crescimento e o engajamento da comunidade Leonística brasileira ao longo desse período.

 #6 - Criação da AGDL e da ALAC 

Em 1983, surgiu a Associação dos Governadores dos Distritos Múltiplos L (AGDL), reunindo os ex-governadores em um espaço de intercâmbio de experiências e apoio mútuo em prol do movimento de Lions Clubes. Algum tempo depois, o ano de 1998 foi marcado pelo surgimento da Academia de Letras, Artes e Ciências (ALAC), uma instituição que valoriza e reconhece o talento e a contribuição de Leões e Leonesas em diversas áreas de atuação, incentivando a excelência em seus feitos.

 #7 - Fundação LCIF indicada ao Prêmio Nobel da Paz 

A Fundação LCIF foi eleita em 2007 a melhor ONG do planeta. No ano de seu centenário, 10 anos depois, em 2017, a Fundação LCIF foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, em reconhecimento ao seu impacto positivo na comunidade global.

Saiba mais

✔️ Para se aprofundar mais sobre o movimento de Lions Clubes, acesse o site de Lions Clubs International.

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Referências

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